Tenho diabetes e peguei COVID. E agora?

Desde que a pandemia de COVID-19 surgiu, em 2020, uma das principais preocupações é com as pessoas que têm diabetes.

Não faltam ressalvas dos médicos indicando que os portadores de qualquer tipo de diabetes estão inseridos no grupo de risco, o que quer dizer que têm mais chances de complicação e que demandam maior atenção, tanto para se prevenir de contágios quanto para o tratamento.

No entanto, o que fazer quando se tem diabetes e se contrai o COVID-19? Quais são as medidas a serem tomadas?

Aqui estão as principais orientações para os portadores de diabetes que se contaminarem com o coronavírus, independentemente da sua idade.

Por que o diabetes coloca os portadores no grupo de risco?

Primeiramente, é preciso compreender quais são os motivos para os diabéticos serem considerados grupo de risco.

O principal problema é que esse distúrbio de insulina causa três situações específicas no organismo:

·        Maior formação de coágulos;

·        Atividade exagerada do sistema imunológico;

·        Funcionamento irregular do metabolismo;

Todas essas situações podem colaborar para que o coronavírus cause ainda mais danos ao corpo. Um exemplo: com a maior formação de coágulos, os pacientes com diabetes que contraem COVID podem desenvolver trombose, um quadro sério e que coloca a vida em risco, dependendo da região onde esse coágulo se instalar.

Quais as orientações para os diabéticos com COVID?

Apesar de toda a prevenção, é claro que o risco de contrair COVID não é 100% eliminado e, sendo assim, as pessoas que têm diabetes podem acabar se contaminando.

Nesses casos, a rapidez para diagnosticar que se trata de coronavírus e iniciar o acompanhamento médico é primordial. Sendo assim, a primeira indicação é procurar um posto de atendimento de saúde logo que os sintomas apareçam.

Dentre os principais sintomas que as pessoas contagiadas podem apresentar, encontram-se:

·        Febre

·        Tosse

·        Dificuldade para respirar

·        Dor no corpo

·        Perda de olfato ou paladar

·        Dor de cabeça

Sempre que mais de um desses sintomas surgirem, é fundamental ser atendido por um médico. Se possível, vale a pena realizar o teste RT-PCR para ter a certeza de que se trata de um caso de COVID.

Informar imediatamente que se trata de paciente com diabetes

Alguns pacientes com esse perfil ficam com medo de dizer ao médico que têm diabetes por saberem que é um caso mais sério e quererem evitar uma internação. Porém, é muito importante que o médico saiba da condição exata de quem está atendendo.

Quando o médico do hospital ou da UPA não sabe que o indivíduo possui diabetes, ele deixa de tomar determinadas providências necessárias.

Desse modo, nunca se pode esconder essa condição do médico em caso de suspeita de COVID. Indica-se ainda mostrar ao médico a embalagem dos medicamentos que se usa para controlar a diabetes.

Não se deve abandonar o medicamento durante o tratamento de COVID

Mesmo com o resultado positivo para a COVID-19, os pacientes não podem deixar de lado a medicação de controle. Por isso, se eles usam insulina, por exemplo, a aplicação deve continuar diariamente, em conjunto com o acompanhamento do coronavírus.

Existe a possibilidade de o médico indicar um reajuste de dosagem temporário, apenas para que o tratamento contra a COVID possa ser feito. Entretanto, a suspensão completa nunca deve ser feita.

Não se desesperar

É claro que, ao ouvir de forma tão constante que fazem parte do grupo de risco, os pacientes com diabetes ficam apavorados quando testam positivo para a COVID. Todavia, é importante manter a calma: se a condição geral do indivíduo for boa e o tratamento for iniciado logo, é possível recuperação sem complicações.